31 de Julho a 15 de Agosto
sexta-feira, 31 de julho de 2009
quarta-feira, 29 de julho de 2009
gran torino (2008)
"And I'd like to leave my 1972 Gran Torino to... my friend... Thao Vang Lor. On the condition that you don't chop-top the roof like one of those beaners, don't paint any idiotic flames on it like some white trash hillbilly, and don't put a big, gay spoiler on the rear end like you see on all the other zipperheads' cars. It just looks like hell. If you can refrain from doing any of that... it's yours."
terça-feira, 28 de julho de 2009
nesse sítio
Hoje saio de casa e não trago quaisquer truques, quaisquer armas, quaisquer engodos. Coloco apenas a armadura, mas nem sei se me vai servir de alguma coisa. No sítio para onde eu vou, as armas não têm consistência e as balas rasgam o ar como memórias, sem ligar às barreiras entre o passado e o presente. No sítio para onde eu vou, jazem todas as coisas que perdemos pelo caminho entre as chamas e nenhuma pintura de guerra intimida ninguém. No sítio para onde eu vou, tudo é cru, e até a imagem de ti sentada no chão como antigamente parece mal-passada; continuas a trazer o mesmo ar de quem acordou com a cabeça para os pés da cama, o mesmo aspecto de quem parece que não se esforça nada, os mesmos esgares de sorriso e os silêncios mais inconvenientes. Tu estás lá, no sítio para onde eu vou, e de repente percebo que nem sequer valia a pena ter trazido a armadura. As tuas armas são as que melhor me sabem magoar, porque desconhecem as feridas abertas mas sabem de cor como atingir as mal saradas. Palavras, olhares, sobretudo silêncios. Palavras que esbarram contra a armadura, mas cujo eco ressoa mais que qualquer guincho agudo já lançado. Olhares que desafiam, focam, mordem, fintam as nossas resistências. Silêncios que trespassam a armadura, doce e subtilmente, e que acabam por nos trespassar também a nós, sem dó nem piedade.
No sítio para onde eu vou, estás tu, e estás alegremente igual a sempre. Contudo, reconheço em ti pouca coisa de nós, e é por isso que me faltam tanto as palavras. À falta de familiaridade, resta-nos apenas a hipótese de fingir. Ponho a armadura de lado, tem-me tapado tanto nestes últimos tempos que te pareço mudada - se calhar até o estou - e ponho as cartas todas na mesa. Acho que ambas fazemos um bocado de batota. Podemos sentar-nos a tarde inteira a lembrar a vida que tivemos ou ficar a olhar o vazio em silêncio. Podemos fingir, principalmente, que não me fazes falta.
domingo, 26 de julho de 2009
persepolis (2007)
sábado, 25 de julho de 2009
alice's adventures in wonderland (1972)
sexta-feira, 24 de julho de 2009
i'm still here
Do not stand at my grave and weep,
I am not there, I do not sleep.
I am in a thousand winds that blow,
I am the softly falling snow.
I am the gentle showers of rain,
I am the fields of ripening grain.
I am in the morning hush,
I am in the graceful rush
Of beautiful birds in circling flight,
I am the starshine of the night.
I am in the flowers that bloom,
I am in a quiet room.
I am in the birds that sing,
I am in each lovely thing.
Do not stand at my grave and cry,
I am not there. I did not die.
I am not there, I do not sleep.
I am in a thousand winds that blow,
I am the softly falling snow.
I am the gentle showers of rain,
I am the fields of ripening grain.
I am in the morning hush,
I am in the graceful rush
Of beautiful birds in circling flight,
I am the starshine of the night.
I am in the flowers that bloom,
I am in a quiet room.
I am in the birds that sing,
I am in each lovely thing.
Do not stand at my grave and cry,
I am not there. I did not die.
Mary E. Frye
quinta-feira, 23 de julho de 2009
the truman show (1998)
"I hereby proclaim this planet Trumania of the Burbank Galaxy."
"We've become bored with watching actors give us phony emotions. We are tired of pyrotechnics and special effects. While the world he inhabits is, in some respects, counterfeit, there's nothing fake about Truman himself. No scripts, no cue cards. It isn't always Shakespeare, but it's genuine. It's a life."
quarta-feira, 22 de julho de 2009
segunda-feira, 20 de julho de 2009
sexta-feira, 17 de julho de 2009
being john malkovich (1999)
"Tell me, Craig, why do you like puppetering?
Well Maxine, I'm not sure exactly. Perhaps the idea of becoming someone else for a little while. Being inside another skin - thinking differently, moving differently, feeling differently."
Well Maxine, I'm not sure exactly. Perhaps the idea of becoming someone else for a little while. Being inside another skin - thinking differently, moving differently, feeling differently."
Malkovich malkovich? Malkovich malkovich malkovich. Malkovich!
quinta-feira, 16 de julho de 2009
guess who's coming to dinner (1967)
"The only thing that matters is what they feel, and how much they feel, for each other. And if it's half of what we felt - that's everything. (...) There'll be 100 million people right here in this country who will be shocked and offended and appalled and the two of you will just have to ride that out, maybe every day for the rest of your lives. You could try to ignore those people, or you could feel sorry for them and for their prejudice and their bigotry and their blind hatred and stupid fears, but where necessary you'll just have to cling tight to each other and say "screw all those people"! Anybody could make a case, a hell of a good case, against your getting married. The arguments are so obvious that nobody has to make them. But you're two wonderful people who happened to fall in love and happened to have a pigmentation problem, and I think that now, no matter what kind of a case some bastard could make against your getting married, there would be only one thing worse, and that would be if - knowing what you two are and knowing what you two have and knowing what you two feel - you didn't get married. Well, Tillie, when the hell are we gonna get some dinner?"
quarta-feira, 15 de julho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
segunda-feira, 13 de julho de 2009
domingo, 12 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
paris 3
LIVRO DAS RESPOSTAS
Vamos tomar café? Não seja ridículo.
Podes ser mais óbvio? A situação não é clara.
Podemos ir tomar café à noite? Pergunte ao seu pai.
Devíamos ter consultado o oráculo.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
paris é uma festa
"Se, na juventude, você teve a sorte de viver na cidade de Paris, ela o acompanhará sempre até ao fim da sua vida, vá você para onde for, porque Paris é uma festa móvel."
"Pertences-me e toda a cidade de Paris me pertence como eu pertenço a este caderno e a este lápis."
"Paris é imortal e as recordações das pessoas que lá vivem diferem de umas para as outras. Acabamos sempre por voltar, sejamos nós quem formos ou mude Paris no que mudar, ou sejam quais forem as dificuldades ou as facilidades que, ao regressarmos, se nos deparem. Paris vale sempre a pena, pois somos sempre compensados de tudo o que lhe tivermos dado. Mas Paris era assim nos velhos tempos em que nós éramos muito pobres e muito felizes."
Ernest Hemingway
quarta-feira, 8 de julho de 2009
paris 2
(...) O pior que nos pode acontecer na relação com uma cidade é sentir que lhe pertencemos mas que nada nela ainda nos pertence. (...) Mas eu estava em Paris e Paris estava, pela primeira vez, a dar-me alguma coisa: um bocado de fantasia perdida, um bocado da essência da cidade, na verdade, Paris devolvia-me um bocado de mim que ficara encalhado algures num século passado. (...)
terça-feira, 7 de julho de 2009
paris 1
(...) Paris, Paris exige vida por todos os poros. E o mundo não se retrai, dá-lhe toda a vida que pode, por vezes de mais, por vezes fazendo da cidade um espaço quase impossível. Ainda não sei bem o que é que Paris dá em troca a quem lhe vem dar vida, como nós, mas espero partir daqui a percebê-lo. (...) Compreender Paris e tudo o que dela emana, compreender o que me chamou para cá. Tenho sete dias (agora já só seis) para o saber, para viver uma aventura. Já começou. (...)
segunda-feira, 6 de julho de 2009
voo 464
Partida: 07:05 Porto (Aeroporto) (OPO)
Chegada: 10:10 Orly (Aeroporto) (ORY), Terminal W, Paris
Chegada: 10:10 Orly (Aeroporto) (ORY), Terminal W, Paris
domingo, 5 de julho de 2009
os momentos grandes voam
Os momentos grandes voam. Foi só isto, já acabou?
Claro que não foi só mais um dia, mais uma noite entre muitas, entre treze. Se passou depressa - tão, tão depressa - foi porque cada uma de nós, as quase noventa e mais os suportes essenciais, consumiu ao máximo cada segundo e se dedicou a vivê-lo com toda a garra e coração. Quem não deu mais foi porque não pôde, não que não quisesse. Voou, voámos todas.
Embrulhámos os nervos e o medo em lençóis brancos e livrámo-nos deles; ignorámos a gravidade e levantámos voo com asas de mil metros, fomos alto e voltámos; no fim, perdemos os momentos: os segundos fugiram dos nossos dedos, os instantes esfumaram-se. Surgiu o sentimento de vazio. O peso que acartávamos há meses estava-nos demasiado intrínseco para nos abandonar agora, tão de repente. O fechar da cortina custou mais que o começo de tudo. Contudo, no chão, ficaram as provas: as penas das asas que nos ajudaram a voar.
Os momentos grandes voam, sim. Mas qualquer pássaro que deslize pelo céu perde uma pena de quando em quando, e há sempre alguém, cá em baixo, para a apanhar e admirar. Qualquer pássaro que saiba voar (e não sabem todos?) tem sempre força para mais um bater de asas. Para o ano, talvez.
Somos máximas!
sábado, 4 de julho de 2009
don't stop me - tonight
Tonight I'm gonna have myself a real good time
I feel alive and the world turning inside out yeah!
And floating around in ecstasy
So don't stop me now don't stop me
Cause I'm having a good time having a good time
I feel alive and the world turning inside out yeah!
And floating around in ecstasy
So don't stop me now don't stop me
Cause I'm having a good time having a good time
I'm a shooting star leaping through the sky.
WE WILL ROCK YOU - QUEEN
21h30, TAGV
sexta-feira, 3 de julho de 2009
quinta-feira, 2 de julho de 2009
quem corre por gosto não cansa
Atiro-me para cima do sofá depois de ter esvaziado uma garrafa de água gelada de um só trago. O meu corpo suado, quente, ofegante, anseia por um superfície fresca; rebolo para o chão e deixo-me ficar, atenta, observadora: conto duas gotas de água a escorrer pelo meu pescoço e, à medida que a minha respiração volta ao normal, reconheço um ardor no tornozelo, um corte, um fiozinho de sangue coagulado que ameaça chegar à planta do pé. Eu sei que a culpa é minha - quer seja por não ter ainda trabalhado o necessário e imunizado os meus pés, quer seja por continuar a massacrá-los com estas dentadas doces, por não ser suficiente ou por ser demais - eu sei que a culpa é minha. Mas sabe bem, quanto mais não seja pelas ausências momentâneas e febris de razão, a fluência e o encadeamento dos movimentos, o roçar leve dos pés no chão. Como sabe bem o abandono depois da entrega. Como sabe bem... o esforço, a dedicação, o dar tudo, a procura - tanto de perfeição como de compreensão, embora essa teime em não chegar nunca, nem daqueles que mais precisamos; o desafio. Principalmente o desafio. Depois de tantas vitórias desgastadas ou sem sabor ao longo deste ano, percebem agora o porquê da minha entrega? Não foi fácil, sim, pela primeira vez em muito tempo não foi fácil. Pela primeira vez em muito tempo, qualquer prémio vai ser merecido, porque desta vez dei (quase) tudo de mim. Mas quem corre por gosto (ou dança, neste caso) não cansa. Nunca.
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