sábado, 31 de janeiro de 2009

les parapluies de cherbourg (1964)

"Un instant sans toi et je n'existe pas
Oh, mon amour, ne me quitte pas."

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

"Eu amo-te por ele, por ti e por mim."

petite <3

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

ziegfeld follies (1946)

Hello.
How are you?
How's that folks?
What's new?
I'm great.
That's good.
Ha-ha!
Knock wood.
Well, well.
That's life.
What do you know?
How's the wife?
Gotta run.
Oh, my.
Ta-ta.
Olive oil.
Bye, bye.

fred astaire & gene kelly in The Babbit and the Bromide

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

greta garbo (1905 - 1990)

"Life would be so wonderful if we only knew what to do with it."

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

e por vezes

E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes

encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se envolam tantos anos.

David Mourão-Ferreira (1927-1996)

sábado, 24 de janeiro de 2009

E às vezes os melhores abraços são dados a tremer incontrolavelmente num terraço, no meio de vento, frio e quase chuva, entre lágrimas e riso que não conseguimos controlar. Como isto. Não conseguimos parar. Durou 6 anos, não durou? Então é imortal. É para sempre. Para quê tentar, sequer, parar?

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

16

Coimbra, 23 de Janeiro de 2009
Querida Alice desse lado do espelho,
Nunca o tempo passou tão depressa, aqui deste lado. Ultimamente pode parecer que me tenho esquecido um bocado de ti, mas escrevo-te todos os dias. Só não tenho coragem de selar e enviar as cartas, porque tenho medo que já não me percebas. Às vezes a distância em tempo é pior que a distância em quilómetros e, se com essa eu já aprendi a lidar, tenho medo de ser arrebatada pelas saudades da outra, daquilo que fui e que já só tu possuis. Sabes, Alice, tenho acordado assustada a meio da noite. Já não me lembro de mim, embora ainda saiba bem quem és, embora ainda saiba que és tu quem guarda tudo o que eu fui nestes últimos dezasseis anos. Tenho acordado assustada a meio da noite e não é por causa de nenhum monstro ou do escuro, mas sim porque, às vezes, não percebo mesmo quem sou, ou o que ando aqui a fazer. Pode alguém ser quem não é?
Não entro no País das Maravilhas há muito tempo mas tenho passado todas as minhas noites, até adormecer, sentada num banco de jardim com tanto para contar, a olhar para a toca do coelho que dá entrada nesse nosso mundo. Talvez seja por ter crescido de mais, e já não conseguir passar pelo buraquinho da fechadura. As flores também deixaram de falar comigo e já ninguém me conta histórias como o Tuidledim e o Tuidledum faziam. Também deixei de ter medo da Rainha de Copas: aqui, deste lado, há muitas rainhas piores e bem mais reais, e é com essas que eu tenho que me preocupar.
A verdade é que nunca corri com tanta força atrás do Coelho Branco. Não imaginas o quanto eu queria conseguir agarrá-lo pelas orelhas e arrancar-lhe o relógio das mãos, para o atirar com toda a força para o chão, esperando que se partisse e que o tempo parasse de vez. Assim podia não crescer mais e, quem sabe, ir recuando, sem ninguém ver, até aquela altura em que tudo era tão mais fácil. Não é que não goste disto, deste lado, agora. É mais real. Ao menos aqui, na maior parte das vezes, sei com quem contar, e cresço, e sou, e vivo. Sim, é mais real, mas não mais fácil. Enquanto aí tanto fazia ir por um ou pelo outro lado da bifurcação que nunca saía do meu País das Maravilhas, aqui as escolhas são reais. E duras, sim, duras. Aqui é impossível adormecer no chão, porque é frio e duro. E também já não conseguimos conversar com as estrelas, à noite. Se cometemos algum erro, não o podemos apagar nem agir como se ele não existisse. Alice, eu tenho cometido muitos erros.
(...) Num momento posso estar cheia de energia, de fantasia, de sonhos e no segundo seguinte posso estar a gritar lágrimas e a afogar-me nelas. Lembraste, Alice, quando choraste tanto que ias morrendo afogada? Eu sou assim todos os dias.
E têm sido assim, os últimos tempos. Agora pedem-me para me colocar na posição dos outros e sentir as coisas como eles sentiriam, pois talvez assim, dizem eles, encontre as respostas que procuro. Mas Alice, tu sabes tão bem como eu que é impossível fazer isso. Ninguém me consegue tirar nenhuma ideia da cabeça, nem eu própria, são sempre as ideias que acabam por se ir embora. Eu continuo à espera, entre rodopios e saltinhos, é verdade, mas há alturas em que me faz bem alimentar todos estes planos efémeros por mais uns segundos, mais uns abraços que seja.
Não esqueças. Nunca.
Tua Alice deste lado do espelho.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

o corredor, a porta e o banco de jardim

Sabes aquele sonho em que estás num corredor escuro sem fim, e as paredes à tua volta se preenchem de quadros com caras de pessoas que parecem estar mesmo a olhar para ti e cujos olhos se mexem (sim, podes mesmo jurar que se mexem) quando passas? E ao fundo do corredor há uma porta e por baixo dessa porta entra o único feixe de luz que ilumina o caminho. Andas, andas, andas, já estás a andar há horas, e o corredor nunca mais acaba, a porta parece estar cada vez mais longe. Começas a reparar que os quadros se repetem, já viste aquelas caras que agora olham mesmo para ti, sorriem e piscam os olhos, como se te conhecessem. Agrada-te andar por ali com elas. O corredor nunca mais acaba, é verdade, e a porta está cada vez mais longe. Habituas-te: aos caminhos, aos cantos, aos cheiros, à escuridão, ao frio, ao silêncio. O sonho que ao inicío te dava uma sensação claustrofóbica, de solidão e aperto, quase em tom de pesadelo, é agora o maior sorriso da tua noite.
Passas assim dias, semanas, meses. O corredor, os quadros, a porta e o feixe de luz continuam no lugar exacto em que sempre estiveram. Não te cansas de andar, de sonhar. E também não queres acordar, embora saibas que nada daquilo é realidade.
Até que, um dia, chegas à porta. Por momentos, pensas: "vai estar trancada, tem que estar trancada", mas não, afinal só está encostada, só precisas de a empurrar. Então porque não o fazes? Então porque é que insistes em olhar para trás, em pedir socorro às caras à tua volta? Porque te habituaste. Mais do que isso: viciaste-te. Fazes então aparecer um banco de jardim num canto do corredor, num canto do teu sonho. Deitas-te nele e esqueces a porta. Não queres acordar; não queres parar de sonhar; não queres largar o teu vício.

"the hardest part of kicking a habit is wanting to kick it"

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

coincidence?

"The fantasy is simple. Pleasure is good. And twice as much pleasure is better. That pain is bad. And no pain is better. But the reality is different. The reality is that pain is there to tell us something. And there is only so much pleasure we can take without getting a stomachache. And maybe that's okay. Maybe some fantasies are only supposed to live in our dreams."
grey's anatomy

domingo, 18 de janeiro de 2009

moulin rouge (2001)

You're free to leave me
But just don't deceive me
And please believe me when I say

I love you

el tango de roxanne
13

sábado, 17 de janeiro de 2009

Desculpa. Amo-te. Hoje não consigo mais que isto.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

E

Toda a gente tem um zE dentro de si (a)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

audrey hepburn (1929 - 1993)

"I'm like cat here, a no-name slob. We belong to nobody, and nobody belongs to us. We don't even belong to each other." in Breakfast at Tiffany's
"Remember, if you ever need a helping hand, you'll find one at the end of your arm. As you grow older you will discover that you have two hands. One for helping yourself, the other for helping others."

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Chaque fois qu'on parle d'amour, c'est avec jamais et toujours.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

domingo, 11 de janeiro de 2009

esta coisa nossa

Quem decretou que a harmonia é um ingrediente obrigatório da felicidade? Nunca poderíamos ficar juntos ou acreditar sequer num destino de felicidade conjunta. Eu tentei, mil e uma vezes, transformar a minha na tua felicidade. Ainda tento. Cheguei até a tentar fazer o contrário, morrer-me de ti, de vez, de tudo. Não consegui. E ainda quero, ainda te quero.
Mas tu já me ensinaste a jogar a este não querer de mais que bem-querer e eu já me habituei ao nosso vaivém fragmentado de ternuras mal conjugadas. Às vezes chego a ser feliz mesmo sem te ter, mas é uma felicidade amarga. Outras vezes, consigo encontrar a harmonia nas memórias passadas, e só me sinto pior por ver que quase já não têm reflexo no espelho presente. De qualquer maneira, já percebi que connosco não há tudo ou nada, mas sim um nada ou muito pouco que, ainda assim, é suficiente para não esquecer, para não precisar sequer de esquecer. Chegas-me.
Talvez este amor, esta coisa nossa, não precise de ser constante, equilibrada, lógica ou sequer justa. Talvez esta coisa nossa não precise de explicações, porque talvez seja melhor eu não perceber tudo por completo, para ainda ter alguma coisa para esperar ou acreditar, percebes? Talvez este amor, esta coisa nossa, seja um livro sem fim, com páginas em branco, rasgadas, amachucadas, sublinhadas. E talvez eu nunca acabe de o ler. Talvez ainda vá adormecer muitas noites agarrada a esse livro, só para ser, por mais uns segundos, aquilo que sou, de “todas as vezes que me agarro a ti.”

sábado, 10 de janeiro de 2009

suzanne

Suzanne takes you down to her place newer the river
You can hear the boats go by
You can spend the night beside her
And you know that she's half crazy
But thats why you want to be there
And she feeds you tea and oranges
That come all the way from china
And just when you mean to tell her
That you have no love to give her
Then she gets you on her wavelength
And she lets the river answer
That youve always been her lover
And you want to travel with her
And you want to travel blind
And you know that she will trust you
For you've touched her perfect body with your mind.

And jesus was a sailor
When he walked upon the water
And he spent a long time watching
From his lonely wooden tower
And when he knew for certain
Only drowning men could see him
He said all men will be sailors then
Until the sea shall free them
But he himself was broken
Long before the sky would open
Forsaken, almost human
He sank beneath your wisdom like a stone
And you want to travel with him
And you want to travel blind
And you think maybe youll trust him
For hes touched your perfect body with his mind.

Now suzanne takes you hand
And she leads you to the river
She is wearing rags and feathers
From salvation army counters
And the sun pours down like honey
On our lady of the harbour
And she shows you where to look
Among the garbage and the flowers
There are heroes in the seaweed
There are children in the morning
They are leaning out for love
And they will lean that way forever
While suzanne holds the mirror
And you want to travel with her
And you want to travel blind
And you know that she will trust you
For she's touched your perfect body with her mind.

Leonard Cohen

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

eutuelenósvóseles


"SOMOS DOZE, VINTE E QUATRO BRAÇOS, UM ABRAÇO"

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

-

Está descansado que eu não deixo provas do meu crime atrás de mim.
Mas fica, volta, por favor.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

someday

yeah, it hurts to say, but I want you to stay.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

metade

Sabes aquela sensação de quando percebemos que ganhámos mais uma pessoa? Não sabemos como, não nos lembramos quando nem onde, mas a verdade é que a sensação de vitória está lá, ainda que escondida. Somos capazes de viver meses sem nos apercebemos que ganhámos alguma coisa. Somos capazes de só perceber isso passado muito tempo, de só perceber quando já é tarde de mais – ou até de nunca perceber. Somos capazes até de não dar o devido valor a quem nos dá o céu todos os dias, até que, certo dia, acordamos a sentirmo-nos um bocadinho mais cheios, e aí compreendemos, demasiado tarde, talvez, que temos uma parte (uma metade, quem sabe) de alguém em nós.
Tive sorte. Contigo sempre tive aquela sensação de que, acontecesse o que acontecesse, ia ganhar alguma coisa. Como as bailarinas, como os actores, quando estão em palco: por muito que o espectáculo corra mal, por muitas brancas que tenham, por muitos pés que dêem ao lado, acabam sempre por receber alguma coisa; se não forem os aplausos, será, pelo menos, a experiência, o “valeu a pena” depois do esforço.
Tive sorte. Contigo foi fácil, simples. Sim, sempre nos sustivemos na simplicidade do criar laços, no cativar do nosso Príncipezinho. Não precisei de pensar quando ouvi aquela voz dizer “Quando eu disser, ponham a mão no ombro de outra pessoa”; no fundo, escolhi-te, escolhemo-nos, mas não sabíamos o que é que podia sair dali, não podíamos imaginar que íamos ser um e outro lados do espelho, o simples e o complexo, o quente e o frio, o céu e a terra. Ainda hoje não sei qual de nós é mais céu, qual de nós sonha mais. Mas sei o que somos. Somos metades.
E é assim. É assim que percebemos quando ganhamos uma pessoa, foi assim que percebi: uma mão num ombro a marcar um início, uma mão na nossa mão quando começamos a chorar compulsivamente numa sala de cinema mesmo antes do genérico inicial do filme; é quando começamos a fazer planos e a partilhar os mesmos sonhos, quando começamos a pedir boleias, dormidas, gelados e folhados de queijo às duas da manhã, quando adormece uma em cima da outra a ver um filme riscado a meio; é quando já não são precisas palavras, nem sermões, nem um “vocês ainda vão acabar juntos”; é quando os maus humores já são parte de nós – e até achamos piada; é quando olhamos de longe a nossa metade com as mãos mergulhadas em cola e fotografias numa casinha de bonecas construída por nós a cantarolar uma música com mais de 60 anos, tão característica de nós. É assim. É esta a sensação de perceber que ganhámos mais uma pessoa, desta vez, uma metade. A minha metade.

domingo, 4 de janeiro de 2009

casablanca (1942)


"I can't fight it anymore. I ran away from you once. I can't do it again. Oh, I don't know what's right any longer. You have to think for both of us. For all of us. (...) I wish I didn't love you so much."

sábado, 3 de janeiro de 2009

des bonnes raisons pour t'aimer

Mes bonnes raisons pour t'aimer, pourquoi te les donner?

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

the lady from shanghai (1947)

"Everybody is somebody's fool."

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

the red shoes (1948)


Boris Lermontov
: Why do you want to dance?
Victoria Page: Why do you want to live?
Boris Lermontov: Well I don't know exactly why, er, but I must.
Victoria Page: That's my answer too.

and that's my answer too.