terça-feira, 23 de dezembro de 2008

perdidos na tradução

Escondo na ponta dos meus dedos um pedido e na ponta dos meus lábios uma promessa. Mas tu já não ouves nem sentes nada e ficamos assim, por tempo indefinido, perdidos na tradução do que fomos, do que ainda podemos ser, adormecidos na conjugação do verbo das possibilidades.

1 comentário:

Chelsea Dagger disse...

sabes uma coisa? esse texto que escreveste está e é perfeito. gostei tanto. está lá tudo, tudo bárbara.

o verbo das possibilidades é angustiante, é um vai-e-vem de promessas e esperanças inconstantes. e se umas vezes arranjamos força sabe-se lá onde, outras perdemo-la completamente e ficamos parados no meio do caminho, simplesmente porque já não conseguimos andar mais, porque já não temos como ou por quem ir.
nesses momentos, vou lá estar eu. vou dar-te a mão, abraçinhos, beijinhos e, sobretudo, vou-te dar uma estrela. não, se calhar não.. porque as estrelinhas são pequenas e nem sempre se vêem. talvez seja melhor dar-te a lua e o sol. que dizes? assim sabes sempre onde estou, onde me procurar.
és a minha grande metade, que completa aquilo que me falta. e és, ao mesmo tempo, apenas um espelho dos meus pensamentos e acções. e é por isso que gosto tanto de ti, por seres a minha melhor parte, a nossa melhor parte.

<3